domingo, 25 de julho de 2010

Musculação para crianças



Ao contrário do que muitos imaginam crianças podem fazer musculação! A maior crítica é sobre a possibilidade da musculação causar lesões na cartilagem responsável pelo crescimento (localizada nos ossos longos como os das pernas e dos braços). Contudo estudos já mostraram que não foram encontradas alterações. É mais fácil uma criança lesionar essa cartilagem em brincadeiras cotidianas do que fazendo musculação! Um ponto importante e que deve ser de conhecimento de quem trabalha com crianças é que elas têm os ossos mais moles e que estes podem sofrer deformações quando submetidas à sobrecargas altas. Por outro lado a aplicação de cargas adequadas proporciona o estímulo do crescimento, graças as forças de compressão. Lesões a parte, nessa idade existe um universo enorme de atividades que são mais atrativas para as crianças, nas quais a força pode ser trabalhada de forma divertida, através de jogos e brincadeiras. É preciso que o professor seja experiente e tenha bons conhecimentos do desenvolvimento infantil para dosar a sobrecarga de forma a não prejudicar a saúde das crianças.

* Até 8 anos: Trabalhar com o peso do corpo;
* De 8 a 11: Utilizar técnicas de levantamento;
* Evitar exercícios em que se elevem pesos acima da cabeça;
* Priorizar movimentos que exijam músculos maiores (peitorais, dorsais e musculatura da coxa).

Pré-adolescência – de 12 a 14 anos
Nesta fase a musculação pode ser utilizada como complementação na prática de modalidades esportivas. Pode ser introduzida nas aulas de Educação Física por tratar-se de uma atividade física que faz parte da cultura corporal do brasileio, de qualquer forma outras atividades e exercícios devem ser estimulados nesta fase. A preocupação com a possibilidade de deformação óssea continua, pois os ossos ainda são mais moles do que dos adultos, por isso o controle da sobrecarga deve ser feito com muito cuidado. O aumento de força ocorre pela entrada na puberdade e inicio da produção hormonal, principalmente de testosterona.




* Treinos devem ter entre 20 – 30 min de 2 - 3 vezes por semana;
* Realizar até 15 repetições;
* Não utilizar cargas muito altas antes do estágio 5 da escala de Tanner (escala que indica grau de maturação, informe-se com o médico)
* Priorizar exercícios simples, que utilizem uma articulação;
* Devem ser priorizados os músculos grandes;
* Ensinar o uso correto da sala e dos equipamentos;
* Evitar exercícios em que se elevem pesos acima da cabeça;
* Atenção ao equilíbrio muscular, trabalhar músculos agonistas e antagonistas (ex.: bíceps e tríceps)
* Não dispensar o alongamento e o aquecimento.

ATENÇÃO: Crianças não são adultos em miniatura!!!!

Adolescência – de 15 a 19 anos
Os treinos se aproximam ao treino do adulto.

* Treinos devem ter entre 20 – 40 min de 2 - 4 vezes por semana;
* Realizar até 15 repetições;
* Não utilizar cargas muito altas, aumentá-las gradativamente;
* Não dispensar o alongamento e o aquecimento.


Benefícios da musculação para crianças e adolescentes

* Aumento da resistência muscular;
* Diminuição das lesões relacionadas ao esporte e atividades de recreação;
* Melhor performance no esporte;
* Melhor coordenação motora;
* Melhor controle postural;
* Aumento da densidade óssea;
* Aumento do condicionamento físico;
* Melhoria da composição corporal.

Riscos da musculação para crianças e adolescente

* Fraturas ósseas - na fase do crescimento, mais comum anos em meninos de 12 a 14 anos e meninas de 10 a 13 anos. As sobrecargas altas nesta fase aumentam o risco de fraturas;
* Distensões musculares – previne-se fazendo alongamento e aquecimento prévio e evitando sobrecargas altas;
* Lesões causadas por desequilíbrio muscular;
* Lesões causadas por má utilização dos equipamentos.







http://criandocriancas.blogspot.com/2009/11/musculacao-para-criancas.html

A Criança, o Adolescente e a Prática de Atividades Físicas

A juventude americana não participa de atividades físicas, seja educação física ou não, o suficiente para desenvolver a resistência cardiovascular. Estas foram as conclusões obtidas por estudos realizados no final da década de 90 nos Estados Unidos.

Desta forma podemos, a partir deste estudo, em jovens americanos, fazer uma reflexão do que ocorre com os jovens brasileiros. Veja abaixo, alguns pontos importantes dos estudos, quanto à:

Obesidade
Verificou-se que aproximadamente 22% dos jovens entre 6-17 anos apresentam excesso de peso, sendo que uma grande proporção deste universo acabará se tornando um adulto obeso.
Cerca de metade das crianças obesas em idade escolar se torna um adulto obeso e mais de 80 % dos adolescentes obesos também tem como fim um quadro de obesidade na idade adulta.

Atividades físicas:
Cerca de 50% dos jovens (entre 12-21 anos) realizam atividades físicas vigorosas e aproximadamente 25% não participa de qualquer atividade física. Apenas 1 em cada três estudantes do ensino fundamental participa de educação física diariamente e essa proporção se reduz ainda mais, para cerca de 1 em cada 5 estudantes, quando observamos os estudantes do ensino médio.

Sexo:
Concluiu-se que o nível de atividade das meninas é inferior ao dos meninos e tende a cair ainda mais com o aumento da idade ou do grau escolar.

Aptidão aeróbia:
De acordo com os estudos, a aptidão cardíaca e pulmonar dos jovens é inferior ao recomendado para a maioria dos jovens. Cerca de 50% das meninas e 60% dos meninos (entre 6-12 anos) não consegue correr 1,5 km em menos de 10 minutos.
Como conseqüência deste estado físico debilitário, temos a propagação e o surgimento de diversas doenças e jovens com grande potencial de risco para doenças pois, como pode-se observar:

cerca de 12% dos jovens entre 12-17 anos fumam, e esta proporção dobra se considerarmos apenas os jovens concentrados no final do ensino médio.

Um em cada três jovens apresenta níveis de colesterol acima da média de 170 mg/dl considerada aceitável pelo National Cholesterol Educacion Program.

63% dos adolescentes possuem dois ou mais fatores de risco dos cinco considerados principais fatores de risco de doenças crônicas.

A atividade física de fato melhora a saúde das crianças e jovens, se prolongando até a vida adulta?

R = A grande maioria dos especialistas acredita que as crianças e os adolescentes necessitam de atividades físicas diárias para se manterem treinados e saudáveis. No entanto, observou-se também que as crianças dificilmente se exercitam num ritmo constante por mais de 20 minutos e preferem participar de jogos e atividades esportivas que sejam mais do tipo "parada e corrida". O prazer tem sido identificado como uma das principais razões pelas quais a criança participa de uma atividade física. Pais fisicamente ativos servem como ótimos modelos e suportes para que a criança se torne ativa.


O Center of Disease Control and Prevention (CDC) faz algumas recomendações afim de tornar os jovens mais ativos fisicamente, tais como:

Não suspender atividade físicas como modelo de punição.

Enfatizar áreas como dança e caminhada para encorajar hábitos que perdurem por toda a vida.

Os pais devem se manter fisicamente ativos, juntamente com seus filhos.

Proporcionar atividades físicas nos tempos de ociosidade da criança.

Enfatizar a participação prazerosa em atividades físicas que sejam facilmente realizáveis pelo resto da vida.

Oferecer uma grande variedade de atividades competitivas e não competitivas, adequadas para a idade e os hábitos da criança.

Fornecer aos jovens a habilidade e a confiança necessários para que ele se mantenha fisicamente ativo.

Crianças necessitam tanto quanto (e até mais !) atividade física que os adultos mas, infelizmente, há uma grande carência de estudos que indiquem, com exatidão, a medida necessária de atividade física para as crianças e os adolescentes em questão.

Em 1993, um grupo formado por organizações científicas, médicas e governamentais, elaborou duas recomendações a serem seguidas pelos adolescentes:

Todos os adolescentes devem ser fisicamente ativos quase que cotidianamente, participando de uma variedade de atividades físicas prazerosas e que envolvam os principais grupos musculares. Isso auxilia na redução do risco de obesidade e promove a formação de ossos saudáveis.

Os adolescentes devem realizar exercícios vigorosos como : caminhada acelerada, corrida, subir escadas, basquete, esportes com raquete, futebol, dança, nado de peito, patinação, exercícios com pesos, esqui, ciclismo, etc. pelo menos três vezes por semana em sessões de 20 minutos ou mais. O exercício vigoroso tem um impacto positivo na saúde psicológica, aumenta a concentração de HDL (colesterol bom) e aumenta a aptidão cardiorrespiratória.

Quanto à aptidão aeróbia, as crianças podem melhorá-la após a prática de exercícios, mas esta melhora é inferior à obtida pelos adultos. Alguns fatores podem ser responsáveis por essa diferença, tais como:

As crianças, freqüentemente, possuem um maior nível de aptidão aeróbia inicial.

Os adultos podem treinar mais eficazmente que as crianças.

O organismo da criança pode não ter a capacidade de se adaptar e responder completamente ao exercício regular.

As crianças possuem coração, pulmões e volume sangüíneo menores. Assim, há uma menor liberação de oxigênio para os músculos que estão trabalhando ( o VO2 máximo não está completamente desenvolvido até o final da adolescência).

As crianças possuem uma maior superfície corporal que os adultos, desde que calculada por unidades de massa corporal. Portanto, quanto menor a criança, maior é o risco de perda excessiva de calor, sendo isto particularmente preocupante para os exercícios realizados na água. Para prevenir a hipotermia, as crianças que brincam ou nadam na água devem ser orientadas a sair da água periodicamente e evitar corredeiras e lagos frios.

As crianças possuem uma capacidade de transpiração mais desenvolvida produzindo, portanto, mais calor durante os exercícios vigorosos e um aumento da temperatura corporal mais alto em casos de desidratação.

Apesar de todas essas recomendações, as crianças possuem grande risco de contrair doenças relacionadas ao calor, durante o exercício prolongado em locais quentes. Aconselha-se ingerir muito líquido e evitar os excessos de exercícios no calor.Um outro ponto que merece destaque de análise seria sobre as controvérsias quanto à prática de levantamento de peso por crianças e adolescentes.

Atualmente, a maioria dos estudos apoiam a utilização de pesos no treinamento de crianças e adolescentes, considerando-o seguro e eficaz, desde que seja realizado sob uma intensidade moderada e supervisionado por um adulto. O treinamento com pesos é recomendado em sessões de 20-30 minutos, duas à três vezes por semana e deve fazer parte de um programa global de desenvolvimento da aptidão total.

De acordo com estudos realizados recentemente, as crianças podem aumentar sua força em 15-30% por meio de um treinamento com pesos adequado. Mas, o aumento da força não está relacionado com o aumento do volume muscular, e sim com uma melhoria nas interações nervosas e de células musculares que aumentam a força.

Deve-se considerar também que a grande maioria do aumento de massa óssea ocorre durante a adolescência, onde a prática regular de exercícios vigorosos levarão a uma elevação do pico de densidade mineral óssea, reduzindo o risco de osteoporose precoce em idades mais avançadas.

As atividades diárias e curtas são mais recomendadas que as atividades prolongadas realizadas irregularmente. E as atividades que envolvem aumento da massa muscular, como o levantamento de pesos, devem ser estimuladas dentro dos limites de cada jovem. Todos os músculos do corpo devem ser exercitados com o objetivo de beneficiar todos os ossos. Doenças cardíacas, câncer e outras doenças crônicas estão relacionadas com o estilo de vida adotado pelo indivíduo, onde certos comportamentos são adquiridos ainda na infância e na adolescência.

Um dado importante obtido em estudos recentes, relata a ocorrência de problemas cardíacos fatais precipitada pela prática mal elaborada de exercícios vigorosos, aliada a uma ampla variedade de defeitos cardíacos, ocorridos em jovens de segundo grau (cerca de 12 por ano, nos Estados Unidos). Para se prevenir contra isto, a American Heart Association recomenda pais e professores a observarem sinais e sintomas em atletas jovens, tais como:

episódios de desmaios

dor torácica súbita

hipertensão arterial

freqüência cardíaca elevada ou irregular

histórico familiar de doença cardíaca e de morte súbita e inexplicável

Uma grande preocupação está focada no problema crescente de obesidade infantil que aumenta a cada ano. A maioria dos estudos realizados sugere que a criança e jovem obeso são menos ativos fisicamente que os magros. A inatividade, a longo prazo, aumenta o risco de ganho de gordura corporal extra.

Concluiu-se que programas com duração superior a um ano são mais eficazes que os programas mais curtos. As atividades do estilo de vida (ir e vir a pé, subir e descer escadas, etc.) parecem possuir um efeito mais duradouro que as atividades padronizadas (corrida, etc.).

Com a redução da obesidade, outros fatores de risco poderão ser controlados mais facilmente. Atividades sedentárias como assistir TV, jogar videogame, devem se reduzidas a um limite de uma a duas horas, no máximo, por dia, de forma a permitir que sobre mais tempo para a realização de tarefas mais "árduas".

Contra todos esses problemas há uma grande batalha para que os adolescentes não desistam da prática de atividades físicas como se tem observado em recentes pesquisas, nas quais constatou-se que cerca de 50% dos jovens abandonam seus hábitos esportivos e físicos no início da vida adulta.

Em outras palavras, cabe aos educadores físicos, elaborar métodos e estratégias para que não somente deixe de aumentar essa porcentagem de desistência, mas também se reduza termos significativos essa evasão. Pois os benefícios da atividade física para crianças e adolescentes são aumentados a cada nova pesquisa, a cada novo estudo realizado.




Antonio Ferri Junior

Bacharel em Educação Física pela Escola de Educação Física e Esporte da USP
Coordenador Geral do Site Personal for teens

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A Importância da Avaliação Física na Criança e no Adolescente em Fase Escolar

A Importância da Avaliação Física na Criança e no Adolescente em Fase Escolar - André Luís Amaral e Ronaldo Vilela Barros

A Avaliação Física durante o período escolar tem como base a aplicação de uma série de procedimentos que visam a acompanhar, minuciosamente, o desenvolvimento da criança e do adolescente. Sua prática consiste na aplicação sistematizada e científica de técnicas de mensuração que permitam analisar, de forma qualitativa, os aspectos físicos e as adaptações em função do tempo. A aplicação de uma avaliação física periódica possui inúmeros benefícios, principalmente o de identificar possíveis distúrbios de ordem motora, postural e metabólica. Dessa forma, pode-se classificar indivíduos ou grupos de risco e, através de descrições e comparações, elaborar programas preventivos ou até mesmo interventivos no contexto escolar.

Distúrbios físicos comuns na criança e no adolescente em fase escolar

Concomitantemente às constantes modificações ocorridas nos padrões de comportamento no mundo contemporâneo, observa-se um aumento nos distúrbios físicos e psíquicos entre crianças e adolescentes. Entre os distúrbios físicos mais comuns, podemos citar: a obesidade, os desvios posturais, as alterações no crescimento e o comprometimento dos padrões motores.

Obesidade infantil

A obesidade é um problema crescente no mundo. Segundo a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), “a obesidade infantil já apresenta dimensões epidêmicas em algumas áreas e ascendentes em outras. No mundo, existem 17,6 milhões de crianças obesas com idade menor que 5 anos”. No Brasil, segundo a Opas, o índice de obesidade infanto-juvenil subiu 240% nas últimas duas décadas. Em estudo recente, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) indica que 15% das nossas crianças estão obesas.
Essa também é uma preocupação que deve sensibilizar as instituições de ensino, pois a obesidade, além de criar dificuldade de socialização, pode aumentar a incidência de problemas ortopédicos e dermatológicos e favorecer a aquisição de doenças crônicas degenerativas, como: diabetes, acidente vascular cerebral, cardiopatias, hipertensão, osteoartrites, câncer, osteoporose, entre outras, aumentando, consideravelmente, os fatores de risco para a mortalidade. Estudos indicam que crianças obesas aumentam em três vezes as chances de ser um adulto obeso, enquanto adolescentes obesos apresentam 70% de chances de adquirir algum tipo de doença crônica na idade adulta.
A obesidade pode ser adquirida através de um conjunto de fatores: biológicos (ex.: genéticos e fisiológicos), culturais (ex.: prática alimentar e atividade física) e psicológicos, proporcionando ao organismo o acúmulo excessivo de energia sob a forma de gordura. Apesar de sua etiologia multifária, o aspecto preponderante no desenvolvimento da obesidade é a relação entre a quantidade de energia ingerida e a gasta. Assim, a “epidemia” de obesidade é atribuída, principalmente, a mudanças de hábitos alimentares (aumento na aquisição de energia) e ao sedentarismo (diminuição no gasto de energia). Nesse contexto, podemos destacar alguns hábitos indesejáveis adquiridos na infância e adolescência que são determinantes no desenvolvimento da obesidade: declínio no número de crianças que participam de atividades físicas na escola e no lar, aumento de passatempos sedentários (televisão e computador) e aumento da ingestão de alimentos hipercalóricos e de baixo valor nutritivo.

Alterações posturais

No Brasil, estima-se que 70% dos jovens entre cinco e catorze anos possuem ou vão adquirir alguma alteração postural. Vários são os fatores que podem causar desvios posturais em crianças e adolescentes. Entre os mais comuns, destacam-se: permanecer muito tempo sentado (televisão, computador, sala de aula), transportar mochilas escolares pesadas e sedentarismo.
As patologias ortopédicas de ordem postural surgem, em sua maioria, entre os sete e catorze anos de idade, principalmente por ser nesse período que a criança está mais susceptível a alterações no sistema ósseo e articular, favorecendo o surgimento de deformidades. Também é devido à enorme plasticidade das estruturas relacionadas à postura que a implementação de programas de prevenção e correção postural durante o período de crescimento encontra maiores chances de êxito. Justifica-se, diante disso, a importância da prevenção e do diagnóstico de desvios posturais nas idades mais tenras. Se a má postura não for corrigida, o indivíduo poderá apresentar uma série de doenças na fase adulta: artrose, artrite, bursite, hérnia de disco, entre outras.

Avaliação da aptidão física e sua importância

O Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM), em seu posicionamento oficial sobre a aptidão física na infância e adolescência, considera que:
A avaliação do condicionamento físico é uma visível e importante parte dos programas de aptidão física. Escolas, comunidades, estados e organizações nacionais devem adotar uma aproximação lógica, consistente e científica sobre a avaliação da aptidão física. O foco da avaliação física deve ser relacionado à saúde, em vez de ser relacionado à forma. A aptidão física é primariamente determinada pela prática de atividade física e é operacionalmente definida como o desempenho atingido nos seguintes testes: potência aeróbia, composição corporal, flexibilidade, força e resistência dos músculos esqueléticos. A aptidão física é importante durante a vida para desenvolver e manter a capacidade funcional para as demandas vitais e promoção de saúde.

O auxílio da informática no processo de Avaliação Física

Atualmente, existem programas informatizados que trazem avaliações antropométricas, psicomotoras e posturais específicas para serem aplicadas em crianças e adolescentes, facilitando mais ainda sua operacionalização. Dessa forma, as instituições de ensino deveriam desenvolver estratégias que contemplassem a realização periódica dessas avaliações, que, incontestavelmente, demonstram ser um instrumento eficiente, seguro e de baixo custo no acompanhamento do desenvolvimento e da maturação da criança e do adolescente, possibilitando a detecção, a prevenção e a intervenção precoce sobre possíveis distúrbios físicos que possam acometê-los durante a fase escolar.


http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=925

sábado, 3 de julho de 2010

Como escolher uma atividade física para seu filho

Ao se escolher uma atividade física para seu filho, deve-se levar em conta:
-idade
-tipo de atividade física
-preferências com habilidades

Com a prática de atividades físicas, a criança melhora:
-coordenação motora
-equilibrio
-sociabilidade
-autoconfiança
-atenção/concentração
-Tátil – sentir os movimentos e seus benefícios para o corpo;
-Visual – ver os movimentos
-Auditivo – ouvir a música e dominar o seu ritmo
-Afetivo – emoções e sentimentos
-Cognitivo – raciocínio, ritmo, coordenação;
-Motor – esquema corporal, coordenação motora associada ao equilíbrio e flexibilidade.

Na fase de iniciação do aprendizado, seja qual for o estilo de atividade física escolhido, há a necessidade de que as aulas possuam um caráter lúdico e bem dinâmico para que se tornem, antes de mais nada, algo prazeroso. E ao mesmo tempo, serão trabalhados itens básicos e necessários para que, gradativamente, as exigências técnicas vão aumentando, pois a atividade física proporciona o conhecimento do corpo, noções de espaço e lateralidade. Uma criança que na pré-escola teve oportunidade de praticar atividade física, certamente, terá mais facilidade para ser alfabetizada.A atividade física, portanto, é um benefício. A criança adquire confiança e maturidade, desenvolvendo habilidades e luta pela conquista. Quanto mais tipos atividades física a criança experimenta, mais chances de descobrir suas habilidades e do que gosta.


Sugestões de esportes:
1-Natação
Bancos, espaguetes, argolas e bolas.Depende do grau de desenvolvimento.Na hora de escolher a escola, verifique se a temperatura da água da piscina é agradável, se ela é salinizada - o que reduz risco de alergias - e converse com o pediatra sobre otites. As aulas começam com flutuação e mergulhos, e só depois é feita a iniciação nos estilos de nados.




2-Futebol
Até os 5 anos, por serem egocêntricas, as crianças não gostam de dividir a bola. Cada um quer ter a sua, mas depois aprende a compartilhar. Elas aprendem primeiro a dominar a bola e só depois que já são capazes de jogar e conhecer as regras.
Idade indicada: 6 anos







3-Judô
O judô, por ter como base os fundamentos japoneses, ensina também a importância do respeito ao mestre e aos outros colegas. Quando ensinamos, falamos que o mesmo tratamento de respeito deve acontecer dentro de casa. Também trabalha concentração,disciplina e coordenação motora.
Idade indicada: 4 anos



4-Equitação
É um dos melhores esportes para desenvolver a autoconfiança e a noção da cumplicidade. Primeiro ela é feita de maneira lúdica, com materiais e pista adaptados. Depois são apresentadas as técnicas. Antes dos 7 anos, ninguém salta porque até essa idade a criança não tem coordenação motora e equilibrio suficiente.
Idade indicada: 7 anos




5-Capoeira
Atividade lúdica por natureza, ela ensina mais sobre ritmos musicais e cultura brasileira. A primeira lição mostra que a capoeira não é um combate, e sim uma arte. Depois tocam instrumentos e começam a se movimentar com a música. A capoeira é uma mistura de luta, música e jogo.É uma conversa com o corpo. A criança aprende a acompanhar a música fazendo os movimentos.
Idade indicada: 5 anos


6-Tênis
A criança tem de controlar a raquete e acertar a bola, que chega em outra velocidade. É importante para noção de espaço e velocidade. A criança aprende primeiro a correr e bater para depois chegar aos movimentos mais elaborados, usando raquetes e bolas adaptadas. O tênis só trabalha o lado dominante do corpo. Se o ritmo de aulas for intenso, é necessário outro esporte complementar para compensar o outro lado
Idade indicada: 6 anos






7-Esportes coletivos
A responsabilidade e sociabilidade são alguns beneficios do esporte coletivos para as crianças. Elas aprendem a ter comprometimento porque o time precisa disso. Descobrem que o reconhecimento é para todo o grupo e não para um em particular. A explicação vale para o vôlei e para outros esportes coletivos, como o basquete e o handebol. No início, o treino só dá certo quando tudo está adaptado para a criança. Por exemplo, a bola tem de ser menor e só metade da quadra ser utilizada. À medida que ela vai crescendo, o tamanho da bola se aproxima da oficial e a quadra cresce. O vôlei é um dos esportes mais complicados de ensinar porque a criança não pode segurar a bola.
Idade indicada: 6 anos



8- Ginástica
É um esporte de movimentos,concentração e ritmo. A partir dos 3 anos, as crianças precisam do auxílio do professor, mas só depois dos 5 entram em contato com a técnica.
Idade indicada: 5 anos












Texto adaptado de:
http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com/

sexta-feira, 2 de julho de 2010


Upa! Upa! Cavalinho!

Auto-confiança, auto-estima, controle emocional, coragem, iniciativa, concentração e equilíbrio. Que atividade permitiria a uma criança desenvolver todas essas habilidades ao mesmo tempo? Isso mesmo! A equitação, que também contribui para diminuir a agressividade e torna os baixinhos mais sociáveis. Utilizado em alguns casos como terapia, o esporte ainda proporciona à criança uma melhor aceitação dos próprios limites e respeito aos limites dos outros.

A partir dos seis anos de idade a criança está apta a se iniciar nesse esporte, pois possui coordenação motora e concentração suficientes para aproveitar os benefícios da equitação. A sua prática, argumentam os especialistas, ensina também a dosar a autoridade.

As características próprias do cavalo, como elegância, docilidade, força e amizade, permitem um relacionamento de afetividade, o que é um aspecto motivador. A criança que pratica o esporte ganha em orientação espacial e temporal, alongamento e fortalecimento da musculatura e relaxamento. Tudo isso num ambiente natural e praticando uma atividade de forma divertida e prazerosa.

Como começar

Os pequenos cavaleiros e amazonas devem frequentar uma escolinha de equitação por um período médio de três anos para aprender as noções básicas. Os tipos de andadura - "ao passo", "ao trote" e "ao galope" -, princípios de adestramento e saltos de até um metro são as lições aprendidas nessa fase. Em São Paulo, há várias opções de escolas, clubes e parques que oferecem o curso.

O investimento, nesse primeiro momento, não é elevado, restringindo-se à mensalidade, roupa própria e acessórios. O valor médio mensal para duas aulas semanais é de R$ 200. Já imaginou o filhote com roupa de montaria? O uniforme básico para iniciantes é composto por capacete, culote (calça de montaria), botas, luvas e chicote. Esse kit tem preço entre R$ 100 e R$ 500, dependendo do material.

A partir daí, para prosseguir no esporte, o que ocorre quando há interesse na profissionalização e participação em competições, os gastos aumentam sensivelmente. Para adquirir o primeiro cavalo - um animal para iniciantes, que salte até 1,1 metro - o gasto pode variar entre R$ 5 mil e R$ 12 mil. Capacidade de salto, saúde, filiação e idade são variáveis que vão determinar o valor do animal. Já um cavalo para provas internacionais pode custar mais de R$ 50 mil.

Equitação terapêutica

Os benefícios dessa prática são tantos que ela é utilizada em casos de lesões psíquicas ou físicas. Método científico de abordagem transdisciplinar, a equoterapia proporciona uma estimulação contínua do paciente e, por exigir uma readaptação corporal constante, beneficia seu desenvolvimento biológico, psicológico e social.

A terapia é indicada para crianças portadoras de sequelas causadas por lesões motoras, distúrbios sensoriais, atraso no desenvolvimento psicomotor, distúrbios comportamentais e patologias ortopédicas. A prática amplia a interação social, melhorando a qualidade de vida das crianças.

Natação para Bebês

Quem disse que exercícios físicos são apropriados apenas para os adultos?

A prática da natação é benéfica para qualquer idade, essa é prática esportiva que mais beneficia as crianças nos seus primeiros meses de vida.

O meio aquático é muito prazeroso, a atividade ajuda os bebês no seu desenvolvimento psicomotor, propiciando uma simetria de movimentos entre braços e pernas. A natação também estimula o sistema cardiovascular, o que melhora o sono e evita doenças preponderantes do sistema respiratório.

O ambiente da natação é acolhedor tanto para os pais quanto para os bebês. O aconselhado é que essas aulas tenham duração de 30 minutos duas vezes por semana, tempo suficiente para os bebês adquirirem resistência muscular, sem apresentar tensões nos membros ainda frágeis e em desenvolvimento.

A participação dos pais estimula a afetividade e aumenta a construção da inteligência e da percepção da criança. Além de auxiliar no desenvolvimento físico e mental, melhora o condicionamento por meio do desenvolvimento dos sentidos e da sensibilidade dos bebês.

Mas antes de colocar o seu filho na natação pesquise lugares apropriados, com professores especializados em trabalho pediátrico. Procure saber também se o local tem piscina aquecida e salinizada, com tratamento especial que elimina os efeitos prejudiciais do cloro.

Atividade Física para Crianças

Hoje em dia, a maioria dos pais se preocupa em oferecer uma atividade física aos seus filhos. Cada vez mais, têm se falado na necessidade de ter um estilo de vida saudável e na importância de seguir uma dieta balanceada e praticar atividade física para ter uma boa saúde.

Apesar disto, cresce a cada ano, o número de crianças e adolescentes obesos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, no mundo, existam 155 milhões de jovens obesos, ou seja, 1 em cada 10 enfrenta o problema.

Uma das causas do problema é sem dúvida o sedentarismo. Muitos moram em condomínios e fazem apenas os exercícios da Educação Física do colégio. Não existem mais as brincadeiras de rua como esconde-esconde, pega-pega, entre outras, onde se queimavam muitas calorias. Tudo gira em

torno do computador e do vídeo game. Com isto a criança gasta menos energia e pode ser uma candidata a obesidade. Crianças e adolescentes que possuem pais obesos têm mais chances de desenvolverem o problema, além de colesterol alto, diabetes e hipertensão.

Algumas crianças obesas também enfrentam outro problema: a vergonha por ser gordo, preferindo não ir a academia ou não fazer atividade física em grupo. Por causa disto, vem crescendo o número de crianças e adolescentes adeptos ao Personal Trainer.

Ter um professor particular parece ser uma boa idéia. Além de fazer um trabalho direcionado a cada caso, levando em conta as diferenças e necessidades de cada um, se desenvolve o gosto pela atividade física. Muitos pais, por não terem tempo de praticar atividades físicas ou jogos com seus filhos, têm procurado a ajuda destes profissionais da área de Educação Física.

Mas também nesta fase, é muito importante principalmente para o seu desenvolvimento geral, que a criança ou adolescente se integre a grupos e faça um trabalho coletivo com brincadeiras, jogos, disputas, gincanas, etc. Atividades em clubes, parques, acampamentos ou mesmo na escola devem fazer parte da vida de crianças e adolescentes. Isto, com certeza poderá evitar que se tornem adultos obesos.

Relacionamos abaixo algumas sugestões de atividades físicas de acordo com a faixa etária:

1 ano em diante: natação, atividades de recreação.
5 anos em diante: ballet, atividades de recreação.
8 anos em diante: basquetebol, voleibol, futebol, tênis, caminhada, alongamentos, artes marciais, atividades de recreação.
10 anos em diante: todas as anteriores além de corrida leve e circuitos.
12 anos em diante: todas as anteriores e exercícios com pesos como musculação (leve).

Mas atenção! Também as crianças e adolescentes deverão passar por uma avaliação física antes de iniciar a atividade física. Para isto, os pais devem consultar o pediatra e pedir uma prescrição das atividades mais indicadas a cada caso. As atividades indicadas acima, são apenas sugestões.